As mudanças climáticas devem provocar impactos ambientais nos diferentes biomas brasileiros, em diferentes magnitudes e escalas.
Para o prof. Antonio Rocha Magalhães, da UNFCCC, comentando a respeito do Bioma Caatinga, diz: “com secas mais frequentes e intensas, vão existir com mais frequência os mesmos impactos já identificados. Provavelmente, não haverá impactos ambientais mais graves. Na verdade, a caatinga é adaptada à variabilidade do clima histórico. Haverá déficit hídrico em algumas regiões durante todos os meses do ano. Isto pode significar o fim da agricultura de sequeiro em tais lugares. Em algumas áreas mais duramente atingidas, a vegetação pode tornar-se mais escassa e típica das terras áridas. Isso vai impactar profundamente no uso da terra e condições de vida”.
A boa notícia é que programas de intervenção governamental, notadamente, nas áreas rurais, fazem com que a economia nessas regiões se mostre menos vulnerável às variações climáticas quando comparada com anos anteriores.
Fonte: MAGALHÃES, A. R. Drought proofing rural economies in semi-arid regions: lessons from North-east Brazil. In: Climate Adaptation Futures. England: Jonh Wiley & Sons Ltd, 2013. pp. 294-300