O Relatório Riscos Globais 2013 (Global Risks 2013 Report) menciona como um dos riscos e, portanto, como emergente preocupação global os custos que a longevidade pode trazer.
A medicina tem avançado consideravelmente e permitido, então, que pessoas vivam por mais tempo. A pergunta que os especialistas fazem é: temos condições de lidar com tantas pessoas portadoras de doenças (como artrite, doenças do coração, câncer, acidente vascular cerebral, doença de Alzheimer) e o custo elevado de seus tratamentos e os cuidados em longo prazo?

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Estima-se que na metade deste século serão 11 milhões de norte americanos portadores da doença de Alzheimer, o dobro dos dados atuais. Aumentos semelhantes são projetados para muitos países, cuja população global de portadores deve dobrar a cada 20 anos, o que deve exceder os 115 milhões de pessoas em 2050.
O Relatório aponta que as causas são o aumento no número de idosos em relação à população geral e, ainda, as taxas de fertilidade reduzidas em países de renda média e baixa.
Os custos de tratamento são elevados. Por exemplo, no Reino Unido se gasta £23 bilhões para tratamento da doença de Alzheimer, o que equivale, praticamente, ao somatório do que se gasta com doenças do coração (£8 bilhões) e câncer (£12 bilhões).
Considerando o aumento na expectativa de vida da população é possível dizer que novos idosos potencialmente portadores de doenças estão a caminho. Conforme menciona o Relatório a proporção de norte americanos, entre 50 e 64 anos (que relataram precisar de cuidados pessoais, como ajuda para descer da cama ou subir 10 degraus), aumentou significativamente se comparado aos dados de 2007. A artrite foi a causa mais indicada. A diabetes também teve papel importante e crescente nestes dados.
Algumas medidas preventivas são bem conhecidas e necessárias que podem nos ajudar a viver mais tempo com melhor qualidade: exercícios são fundamentais e possuem benefícios no sentido de afastar determinadas patologias.
Os impactos do envelhecimento da população serão sentidos em toda a sociedade. Portanto, necessário e oportuno promover mudança para melhores soluções na área urbana, por meio de planejamento para viabilizar a readequação de cidades e ambientes construídos.
Importante, também, investir em mais pesquisa, no sentido de favorecer o desenvolvimento de tratamentos, que possibilitem qualidade de vida e de condições de se gerar riqueza (produtividade), ao mesmo tempo.
Fonte: WEF