Quanto ao Brasil, o Relatório “Energia Sustentável para todos” (Sustainable Energy for All) informa que este ampliou suas energias renováveis cerca de 50% entre 2000 e 2009. Em 2009, diz o Relatório, quase 50% da energia primária produzida pelo Brasil era oriunda de fontes renováveis, a exemplo das hidroelétricas.
No Dossiê Sustentabilidade, produzido por Ignacy Sachs, publicado na Revista Estudos Avançados, em 2012, quando fala em segurança energética reforça: “podemos mudar para uma matriz de energias alternativas: solar, hídrica, eólica, geotérmica e de biomassa, cada uma com certas vantagens e alguns obstáculos a serem superados. A estratégia energética deve lidar com três questões inter-relacionadas: sobriedade energética, eficiência e, só então, fontes alternativas de energia”.
O uso de bioenergia requer avaliação cuidadosa do possível conflito entre a produção de alimentos e a de energia – conflito que não precisa existir se resíduos da produção de alimentos forem usados como matéria-prima da produção de energia (etanol celulósico, biogás a partir de esterco de gado etc.), comenta Ignacy Sachs (2012). Acrescenta o mencionado autor que as florestas existentes precisam ser conservadas como sumidouros de carbono, para não falar de seus outros usos econômicos potenciais.
Em relação ao Ceará, o Blog Verde publicou em agosto de 2012 o tema Fontes Alternativas no Ceará, em 5 capítulos, onde trouxemos as informações sobre as fontes de energia que vêm do sol, do vento, das marés, da água, do lixo, da terra… É possível acessar os capítulos pelo Blog Verde.
Assim, neste post colocaremos o resumo das fontes de energia alternativa do Ceará, em 2012, que produzia energia por meio de várias fontes alternativas. A tabela, a seguir, traz as fontes alternativas de energia e em que município estão localizados.
Tipo de fonte alternativa |
Nome do empreendimento |
município |
Hidrelétrica |
Pequena Central Hidrelétrica (PCH) – Usina Araras Norte |
Varjota |
Energia eólica |
UEE Praia Formosa |
Camocim |
UEE Canoa Quebrada |
Aracati |
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UEE Bons Ventos | ||
UEE Enacel | ||
UEE Eólica Canoa Quebrada | ||
UEE Lagoa do Mato | ||
UEE Icaraizinho |
Amontada |
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UEE Volta do Rio |
Acaraú |
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UEE Praia do Morgado | ||
UEE Praias de Parajuru |
Beberibe |
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UEE Beberibe | ||
UEE Foz do rio Choró | ||
UEE Paracuru |
Paracuru |
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UEE Taíba-Albatroz |
São Gonçalo do Amarante |
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UEE Taíba | ||
UEE Prainha |
Aquiraz |
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UEE Mucuripe |
Fortaleza |
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Energia solar | Usina Solar Tauá MPX |
Tauá |
Energia das Marés | Usina Piloto Coppe/UFRJ |
São Gonçalo do Amarante |
Energia das plantas | Usina de Biodiesel |
Quixadá |
Para finalizarmos, importante destacar que os objetivos para uma energia sustentável com base no uso de fontes alternativas de energia não requer uma revolução; mas sim uma transição, uma reforma para direção mais prudente ecologicamente considerada.
Cabe a cada um de nós, cidadãos, acompanhar esse processo e pressionar os tomadores de decisão que coloquem, na pauta de discussão, planos de desenvolvimento coerentes com a proposta de Energia Sustentável para todos, considerando os riscos ambientais envolvidos em cada uma das alternativas da matriz energética, a exemplo da energia nuclear que, apesar de limpa (em termos de emissão de dióxido de carbono) não é imune ao risco de acidentes improváveis, no entanto devastadores (como Chernobyl e Fukushima).
Fontes: ONU; IEA (Dossiê Sustentabilidade).